sábado, julho 19, 2014

ARTIGO: CAMINHADA DE MARINA SILVA PELO ABC, MAIS PARECE UMA CHACOTA COM A CANDIDATURA DO PSB A PRESIDÊNCIA.


Marina Silva – Candidata a vice-presidente resolveu fazer um passeio pelo ABC, sem a companhia do principal candidato da  chapa – Eduardo Campos (PSB).

Exibindo um broche da Rede, partido que não conseguiu registro na Justiça Eleitoral, fazia no local a inauguração no Calçadão de comércio em Santo André (SP), sua primeira agenda oficial.

Abraços, fotos, beijos, as pessoas a reconheciam, mas não acreditavam que a candidata não era ela e os seus assessores em cenas hilárias repetiam a todo instante: “Eduardo Presidente. Eduardo e Marina, vote 40”. Inclusive um candidato a deputado estadual que fazia as honras da visita ilustre, apressava-se em entregar a chapa  e relembrava trocando a ordem da composição: “Marina e Eduardo, viu? Marina é a nossa vice-presidente”.

Outros afirmavam que Marina agora é candidata a governadora e outros que ela é Vice na chapa com Dilma. Alguém da militância apressou-se em colar um adesivo do PSB no peito de Marina. “Agora somos dois, Eduardo e Marina”. Arriscou ela pela primeira vez.

Lembrei-me da Matéria da Revista Veja, nº 38, de 23 de setembro de 1998, intitulada “O FIM DE ARRAES” – que teve por obrigação judicial, publicar o Direito de Resposta, e que dizia que ele encerrava de forma melancólica uma das mais longas carreiras da política nacional e que  aos 81 anos não tinha nenhuma chance de se reeleger e o governador de Pernambuco vivia o seu ocaso. Arraes tinha menos da metade das intenções de voto de seu adversário, o ex-prefeito do Recife Jarbas e o seu discurso segundo a matéria, tinha ficado gasto e envelhecido.

Arraes decidiu ignorar os palpites dos publicitários de sua campanha e fazer as coisas do seu jeito. Agora passa mais tempo nas ruas, batendo de porta em porta para cumprimentar eleitores. Os aliados já começaram a desembarcar da canoa do governador. Nas últimas eleições municipais, Arraes elegeu 106 dos 184 prefeitos de Pernambuco. Um quinto deles já abandonou a candidatura do velho líder. Frisava a matéria da Revista Veja.

Uma nota da Executiva Nacional do PSB – datada de 22 de setembro de 1998, em resposta a Veja, dizia que a revista lembra os piores momentos da pasquinagem, agride a história de Miguel Arraes de Alencar – um personagem que dedicou toda a sua vida à defesa dos excluídos, humilhados.

Miguel Arraes foi Chamado de Pinochet de Pernambuco por setores de oposição e a história supracitada, pode não ter nada a ver com o ex-governador e atual postulante a presidência da República pelo também PSB – Eduardo Campos, e tem, porque além de Neto de Arraes, adota a mesma postura, a mesma tática e chama atenção por fatos notórios e idênticos com os atuais momentos vividos pelo presidenciável.

Os mais fanáticos acreditam na mesma reviravolta acontecida quando ele disputou a sua campanha para governador e saiu de um ínfimo 9% - para 65% nas intenções de votos (se os números não baterem fiquem a vontade para corrigi-los) e quando também elegeu um desconhecido candidato a prefeito do Recife o atual Geraldo Júlio. As pesquisas hoje dão por certo a vitória de Armando Monteiro (PDT) sobre Paulo Câmara (PSB), tutelado de Campos, mas o estigma de estrategista e político das mil artimanhas são a garantia de que o quadro será invertido e ele fará o seu sucessor. Campos aposta na Propaganda na TV para subir.

Até parece um filme velho ou uma exata afirmação de que só quem sabe trabalhar nas adversidades e enfrentar as intempéries e sair ileso é o senhor Campos. Ninguém mais é capaz de conciliar tudo isso que até o eleitor já sabe de cor.

Enquanto isso uma conhecida militante verde, passa vexame em tentar tornar pública a sua candidatura e ao mesmo tempo fazer conhecido um desconhecido e além do mais com o histórico de arbitrário e prepotente.



Mesmo assim, pagamos pra ver.




Postar um comentário

Blog do Paixão

Whatsapp Button works on Mobile Device only

Start typing and press Enter to search